Furar - Fresar - Tornear - Parafusar
FURAÇÃO
A furação do acrílico pode ser feita com equipamento comum, empregando-se brocas helicoidais normais. Porém, com o uso de brocas de espiral espaçada, com sulcos largos e polidos, se obterá um melhor resultado. Durante o processo, considerar: Reduzir ao mínimo o calor gerado durante o corte para evitar tensões e possíveis fissuras posteriores; Remover os cavacos freqüentemente, de modo a não aderirem à peça; Apoiar bem o lado inferior da peça;
Velocidade da broca em relação ao diâmetro, tipo de acabamento e precisão desejada:
- Diâmetro de 3,2mm - 3.700 rpm
- Diâmetro de 6,4mm - 1.800 rpm
- Diâmetro de 9,5mm - 1.200 rpm
- Diâmetro de 12,7mm - 900 rpm
As brocas devem ser afiadas tendo uma borda cortante com inclinação zero e um ângulo de 130º entre o gume e a borda cortante. O gume, propriamente dito, deve ser afiado o mais curto possível. O ângulo da ponta da broca deve ser 180º o que é satisfatório, com a condição que a espessura do material que está sendo furado seja maior do que a profundidade da ponta da broca. Portanto, será necessária a modificação desse ângulo, ao se furar chapas finas, de modo que a totalidade da borda ou fio cortante esteja em contato com o acrílico, antes do gume atravessá-lo. Isto é especialmente importante ao se furar peças moldadas, onde não é possível usar um bloco de apoio por trás do material.
FRESAMENTO E TUPIA
Os métodos de frezamento normal, para metais leves, podem ser usados para o acrílico. É importante a perfeita fixação da peça para tais operações. São necessárias ferramentas de passo largo, com ângulo de ataque nulo e saída livre de aparas. É muito importante limpar os cavacos e a ferramenta com óleo solúvel ou ar. Tupias comuns, de alta velocidade, usadas para madeira, podem ser utilizadas para usinar acrílico, empregando-se as mesmas velocidades que se usam para madeira, isto é, com ferramenta de 12 mm de diâmetro ou menos, a velocidade do eixo é de cerca de 24.000 r.p.m.. Com ferramentas de maior diâmetro, a velocidade deverá ser em torno de 15.000 r.p.m.
TORNEAMENTO
O acrílico pode ser usinado em tornos para madeira ou para metais, sendo estes os mais usados. A afiação e acabamento corretos da ferramenta do torno são vitais para a obtenção de um trabalho perfeito. A ferramenta deverá ser afiada com um ângulo de incidência de zero, e de ataque (ou saída) de 15º a 20º e é importante que a ponta da ferramenta seja afiada para ter um fio agudo, finamente acabado. Ferramentas de aço rápido são preferíveis a ferramentas com pastilha de metal duro, visto que a fina granulação das primeiras permite que o fio aguçado requerido seja produzido em rebolos e pedras de afiar comuns. Para desbaste, velocidade de corte de 90 a 150 m/min são comuns, mas velocidades de até 300 m/min são possíveis de conseguir, se for usado o resfriamento por um líquido sob pressão. Velocidades de corte mais baixas, de 15 a 30 m/min, são usadas para se ter um acabamento superficial fino. O acabamento também depende da habilidade do operador em preparar a ferramenta de corte e das condições do torno, que não deverá apresentar vibrações.
PARAFUSAR
Quando se usar parafusos, os furos devem ser feitos sempre em diâmetro maior (folga), e as bordas devem ser arredondadas e polidas, pois o acrílico é sensível a sulcos, e quaisquer minúsculas rachaduras que se originarem do furo podem propagar-se através da chapa rompendo-a completamente. Deve-se inserir uma bucha flexível no furo (sempre feito coma folga), para acomodar o parafuso. Esse método não é recomendável para estruturas que podem suportar cargas acima de 7,0 kgf/cm².